segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Um passo no vácuo


Desde os primórdios a lua provoca um grande fascínio no homem. Foram construídos calendários e templos erguidos para a adoração deste astro que circula ao redor de nosso planeta. Apesar da distancia existente entre os dois, cerca de 384.405 km, o homem nao perdeu o desejo de um dia pisar em solo lunar e deixar para sempre a sua marca. Por isso, o  Atos e Fatos relembra esse fato histórico que, em 2009, completa 40 anos.


Philipe Augusto Bastos


Com o fim das relações “amistosas” entre os EUA e URSS no pós-guerra, o mundo mergulhava em um clima de muita tensão. Estes blocos de ideologias antagônicas criaram os mais diversos tipos de rivalidades, que apesar de muitas vezes infantis se mostraram muito úteis para nós. Como caso clássico, temos aquilo que se chamou de corrida espacial, a mais conhecida das disputas entre estes dois paises que terminaria com o triunfo americano em meio às diversas controvérsias sobre a veracidade dos fatos apresentados pelos vencedores.

 

Colocado um ponto final no conflito entre os aliados e o eixo, começava a ser posto em prática a pilhagem, nas terras alemãs, de mentes responsáveis pelos grandes inventos da maquina nazista. Entre os vários inventores, os mais cobiçados eram aqueles responsáveis pelos Vergeltungswaffe 2 ou V2; foguetes balísticos que foram as bases para os projetos espaciais de ambos os lados. Entres as mentes cobiçadas havia uma em especial, Wernher Von Braum um dos principais projetistas de mísseis e, futuramente, o responsável pelos primeiros passos do programa espacial estadunidense.

 

 Foi ele quem lançou o Saturno V, que levou todas as naves Apollo para a lua. Mas, apesar de ter pego o principal projetista, as explorações espaciais começaram com um empurrão dos “vermelhinhos”, ou seja, dos Russos comunistas,  com o lançamento do satélite Sputnik de uma base localizada no Cazaquistão. A partir daí estava iniciada a histeria em ambos os lados com mais e mais projetos para saber quem, efetivamente, chegou à Lua primeiro.

 

Após o lançamento do Sputnik o que interessava não era mais mandar engenhocas metálicas e barulhentas para o vácuo, e sim mandar vida para ele. Esta ambição se deve principalmente ao grande engenheiro soviético Sergei Korolev, que convenceu o então líder Nikita Khrushchov a investir no programa espacial soviético, responsável pelo envio do primeiro ser vivo ao espaço, a cadela Kudriavka da raça laika; e posteriormente o primeiro astronauta no espaço em vôo orbital, Yuri Gagarin.

 

Apesar do euforismo russo, os americanos não ficaram para traz, e para fazer frente ao Sputnik, criaram projetos de satélites como o Explore – embrião de uma da internet -  e o Discoverer, projetos que antecederam aquilo que mais se ambicionava: fazer um homem pisar em solo lunar. Este sonho americano foi realizado no dia 20 de junho de 1969, quando Neil Armstrong e  Edwin Aldrin, abordo da Apollo 11, pousaram no mar da tranquilidade e caminharam em solo lunar, eternizando este momento com a frase: "Um pequeno passo para um homem, um salto gigantesco para a humanidade".

 

Apesar de haver muitas controvérsias sobre a chegada do homem à lua e a existência de teorias afirmando que tudo não pasou de uma mera ilusao cinematografica, não se pode negar que todo o alvoroço causado por essa disputa em busca de poder e status refletiu de forma positiva na industria aeroespacial e na astronomia. Novos naves foram criadas, novas teorias lançadas e assim se tornou mais facil entender o nosso sistema solar e tambêm a origem de nosso universo. Ao andar na lua o homem deixo marcas profundas, mas, a mais importante não ficou lá impressa, e sim aqui na nossa cultura e sociedade.

     

5 comentários:

MrQwertiz disse...

Muito bom Phillipe!
Me lembra a Laika, coitada.

Albino Dantas disse...

Boa! Sabe tio Teddy, muita gente esquece que a Guerra Fria teve um momento bem mais tenso. A década de 1970 e, mais precisamente, o ano de 1974 foi bem mais complicado para ambos os lados da cortina de Ferro. Aparece um inimigo mútuo, poderoso e sem filiação de qualquer forma. Os países árabes decidiram criar uma aliança e mostrar ao mundo petromovido que eles davam as cartas. Os efeitos foram tão pesados que o Brasil decidiu investir em novas fontes de energia, como o álcool combustível. Esse 'medo' que os países árabes lançaram - o da paralisação das grandes potências por falta de petrocombustíveis - motivou boa parte das políticas expansionistas dos EUA e da Rússia pós-soviética nos anos 90. Acredito que este sim, tenha sido o momento de maior tensão. Não por ser avassalador como foi a Baia de Cochinos (porcos) ou sanguinária como o Vietnã mas por ser uma real mudança nas estruturas de épocas posteriores (nossa, que marxista da minha parte!).

É isso ai, futuro historiador!

Phillipe Bastos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Phillipe Bastos disse...

entao albino isso justificaria algumas açoes de ambos os lados poucos anos mas tarde como a invasao do afeganistao pelos sovieticos e um maior apoio americano (alem do q ja vinha dando) a israel.

Anônimo disse...

Sem dúvida! Esse joguete de 'por a culpa e atacar' é uma medida bastante testada pelos EUA ao longo dos últimos 30 anos. se você gosta de teorias estranhas para a História, dá uma olhada no youtube em Eric Von Daniken! O cara é o pai da teoria que tivemos contatos intensos com extraterrestres. Muito bom! hahahahaha

Albino.

 
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