terça-feira, 4 de novembro de 2008

Filho da revolução


Já em meados de 1790, a revolução passava pela sua fase de terror. O som das guilhotinas ainda era ouvido pelas praças de Paris em conjunto a voz da população que ovacionava a morte da antiga nobreza e das outras vitimas do terror de Robespierre. Nos arredores da cidade luz, as vilas perdiam seus tons bucólicos envoltos pelas revoltas camponesas que, de certa forma, ainda se prendiam a forma rústica da revolução.

Aproveitando a fase de intensa confusão, um jovem franzino, de baixa estatura, o qual a única palavra que poderia descrevê-lo é´estranho’’, em conjunto com sua astúcia e determinação, utiliza a carreira militar, considerada promissora, para se destacar no campo da política em que se mostra oportunista ao acender como cônsul, junto ao golpe de 18 de brumário (9 de novembro do calendário gregoriano). Ainda como cônsul, e posteriormente como cônsul vitalício, começa a abrir às´asinhas’’ e dar seus primeiros passos para o que havia combatido na revolução: o absolutismo.

Durante o período consular, o jovem Napoleão, nome o qual seria posteriormente temido na Europa e por conseqüência no mundo, passa a realizar suas reformas (em seguida censuras) que dá a ele prestigio diante do povo anencéfalo e também dos letrados, que na suas mãos tornam-se massa de manobra; onde Bonaparte, valorizando sua educação militar, usa-a sabiamente para alcançar o futuro que aspirava. Essa grande influência sobre o povo o leva a realizar o plebiscito em 1804 para torná-lo imperador.

Durante a confirmação de seu absolutismo pela coroação, choca ao retirar das mãos do papa Pio VII o símbolo da realeza e se alto coroa imperador, mostrando de uma vez por todas que o estado não respondia mais aos interesses do clero. Essa atitude marca o inicio do período expansionista de Napoleão que perduraria até 1812, onde sofre uma frustrante derrota nas estepes russas, que parecia mostrar, com seu inverno de 20º negativos, que Deus não era francês. Preso após a desastrosa campanha russa, passa 3anos sobe custodia inglesa que temia a genialidade do imperador general.

Como sempre fora uma raposa astuta e traiçoeira, sua prisão na ilha de Elba dura até 1815 de onde foge magistralmente pra tomar o trono do covarde rei Luis VIII, da dinastia dos Borbouns, da forma como havia descrito: sem dar um único tiro. Apesar do tempo que passara preso, Bonaparte ainda continuava com a idéia expansionista, que o levaram mais uma vez a tentar fazer a Europa curva-se diante de seus pés. É com essa mentalidade que ele invade a Bélgica onde enfrenta a aliança inglesa na celebre batalha de waterloo, que com a derrota marca de vez o fim da carreira militar de Napoleão que seria exilado, dessa vez na ilha de Santa Helena. Sua vida prossegue em cárcere até 1821, ano de sua morte por circunstâncias que são discutidas até hoje.

O que fascina em Napoleão não é somente o fato de ter construído um império em tão pouco tempo, e sim o brilhantismo desse fiel discípulo de Maquiavel que sabia agir de acordo com as circunstâncias, mesclando´oportunismo político’’ e´grande política’’. Esses são os verdadeiros fatores que fazem Napoleão Bonaparte ser admirado por inúmeras pessoas através dos séculos e por colocá-lo no hall da fama dos grandes lideres.

Phillipe Augusto Bastos

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